terça-feira, 26 de julho de 2011

APRENDIZ

Abrí outro livro, e dissipa-se a dúvida;
Bebí nessa fonte, das letras e da arte,
Comêço no ventre, da obra em parte.
Debulhei as palavras, mata-virgem que aflora;
Embriaguei-me no vício, doce olhar de Pandora,
Ferramenta que fere, com o brilho de fora.
Galanteio nos versos, mas a lírica é perversa;
Hortas e canteiros, sementeiras de versos,
Idade não importa, melhor é viver.
José em Maria nas noites de frio;
Lamentos de hoje, boêmios da lua,
Madrugada é irmã, do ébrio da rua.
Norteando caminhos, e as páginas me leva;
Oorquídeas e ornamentos, em outras se enlaçam,
Porquê os poemas, revelam segredos?.
Querendo mostrar em formas e métrica;
Respostas a espera, na dança e na festa.
Sutís os amantes em passos de anjo;
Turbilhão de prazer, no gôzo escondido,
Unha e carne em dois, qual segredo que resta?
Vidas e laços, união e destino;
Xodó e paixão, João-de-Barro no ninho,
Zeloso adormeço, suspiro no berço...e o livro sozinho.

Clodair Eduão - KOLÓ FARIAS.

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