quinta-feira, 21 de julho de 2011

EXCLUSÃO

Sinto DÓ dos moradores de rua;
É a RÉ nos índices da igualdade social,
Vergonha humana e você na sua.
MÍ mostre seu moço o gosto do fel;
FAca na pele e  vermelho é o véu,
E o brilho do SOL nas praias do Rio.
Belezas à mostra de um país tropical;
Esquece da fome que corta em serrilha,
Que LÁ não existe, o que se chama família.
SI  fosse você, sem dor e sem frio?
Essa música que toca e a  barriga vazia;
Esse pouco que resta da minha euforia,
A sinfônica sem arranjo...essa desarmonia.
Em meio às estrelas só eu e a lua;
A calçada que ferve, e queima o corpo,
E a cama ao relento sem o amor de Maria.
Farrapos na noite me cobre sem vestes;
Me igualo a esse irmão rezando uma prece,
No meio do povo sem teto e sem nome.
Espero a resposta que a fúria consome;
Essa vida de cão esse triste prazer,
Não olha e passa sou mais um na ponta.
Sem quê e sem pra quê, e sem ter um codinome;
Não sendo o que sou, sou a miséria que afronta.

Clodair Eduão(KOLÓ FARIAS)

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